Cesar Cielo se mostra animado com 'QG' do Brasil para Londres-2012

A inédita exclusividade de um centro de treinamento para a delegação brasileira em Londres animou um dos principais esportistas do país. O nadador Cesar Cielo, medalha de ouro nos 50m livre em Pequim-2008, acredita que será mais fácil manter o foco nas Olimpíadas com a preparação nas piscinas do Crystal Palace. O conjunto de instalações servirá como base para a aclimatação de atletas brasileiros de diferentes modalidades antes dos Jogos Olímpicos da capital inglesa 

- Para mim, pessoalmente, está um pouco difícil de se concentrar em competições um pouco menores. Aqui, parece que a coisa vai ficar séria. Já dá um aspecto de um pouco mais de adrenalina, de competição importante chegando. Então, juntando todos esses fatores, para mim, está sendo bem mais positivo do que treinar no Brasil mesmo - comentou Cielo, que exaltou a qualidade do centro.

Centro Esportivo Crystal Palace vai receber a delegação brasileira em Londres (Foto: Satiro Sodré / AGIF)

O técnico do nadador brasileiro, Alberto Silva, também está animado com a estrutura de alto padrão que o Crystal Palace oferece para a modalidade. São quatro piscinas, sendo uma olímpica e uma para saltos.

- Aqui a estrutura está muito boa. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) estiveram aqui com bastante antecedência e está tudo correndo às maravilhas - afirmou.

O superintendente executivo do COB, Marcus Vinícius Freire, espera que o conforto de ter um centro exclusivo para treinos se traduza em mais medalhas, não apenas para a natação, mas para o Brasil como um todo. Em Pequim, foram 15 conquistas (três de ouro, quatro de prata e oito de bronze).

- Pela primeira vez nós temos a oportunidade de dar isso aos atletas e treinadores e vamos ainda ter um grupo de ciência do esporte lá dentro - disse Marcus Vinícius.

O Crystal Palace ficará a disposição da delegação brasileira por 45 dias. O centro conta ainda com um estádio com capacidade para 16.500 torcedores, duas pistas de atletismo, dois campos voltados para futebol e hóquei na grama, quatro quadras de tênis e uma academia, além de alojamento para 144 pessoas, onde técnicos, preparadores físicos, massagistas e fisioterapeutas que não possam ficar na Vila Olímpica poderão se hospedar.

Lutas devem ter outra sede

No entanto, não serão todas as modalidades que terão sua base em Crystal Palace. A cidade de Sheffield, no norte da Inglaterra, a cerca de 300 km de Londres, deve receber as equipes brasileiras de judô e boxe. Os judocas que já visitaram o local aprovaram o que viram.

- Tem tudo que precisa, tudo que tem no meu clube. Tudo que eu tenho trabalhado, usado e precisado nesta caminhada para Londres eu vi aqui. Está tudo testado e pronto para os jogos - contou Felipe Kitadai, ouro no Pan-Americano de 2011, na categoria extra-leve.

O médio Hugo Pessanha acredita que o local tem a mistura certa entre calmaria e adrenalina.

- Não adianta nada você ter uma boa estrutura e não conseguir sossegar. Em compensação, se você ficar muito sossegado e não tiver uma boa estrutura, não vai valer a pena. Então, se conseguimos conciliar a estrutura com o sossego, vai ser o ideal - disse.

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Cielo ganha os 100 m e termina GP de Missouri com 2 ouros

O brasileiro Cesar Cielo confirmou na noite de domingo o seu bom começo de temporada ao vencer a final dos 100 metros livre no Grand Prix de Missouri, na cidade de Columbia, nos Estados Unidos, com o tempo de 49s51. Anteriormente, ele já havia vencido a disputa dos 50 metros livre no sábado, quando superou o francês Frederick Bousquet, na sua primeira competição em 2012.

Jeff Roberson/AP

Cielo ficou um mês treinando no México e, de volta ao Brasil, competirá no Sul-Americano de Belém

Após registrar apenas o sexto melhor tempo nas eliminatórias, Cielo dominou a decisão dos 100 metros livre, vencida com o tempo de 49s51. O brasileiro foi seguido pelo canadense Richard Hortness, segundo colocado com 49s97, e pelo norte-americano Matt Grevers, que foi o terceiro com 50s12.

Nos 100 metros livre, Nicholas dos Santos (50s46) ficou em quinto lugar, à frente de Nicolas Oliveira (50a49). Marco Macedo e Thiago Pereira não conseguiram se classificar para a final da prova. Em Columbia, além dos ouros dos 50 e 100 metros livre, Cielo também nadou os 100 metros borboleta, mas não se classificou para a final.

"Essa competição era um desafio a mais para a cabeça dele, o de tentar levar o corpo brigando pelo primeiro lugar em todas as provas. Está muito cansado, era mesmo um desafio", afirmou Alberto Silva, técnico de Cielo. "O importante é que, quando voltar, vai carregar tudo isso que fizemos para o restante da temporada. Outras viagens serão menores", completou.

Cielo ficou quase um mês fora do Brasil, já que treinou em San Luís Potosi, no México, entre 18 de janeiro e 8 de fevereiro, e depois seguiu para a disputa do GP de Missouri. Agora, o campeão olímpico retorna ao País e voltará a competir em março, no Campeonato Sul-Americano, em Belém.

Além de Cielo, Thiago Pereira também faturou uma medalha de ouro no último dia de competições do GP de Missouri. O brasileiro venceu a final dos 200 metros medley com o tempo de 1min59s91. O norte-americano Andrew Ford terminou em segundo lugar (2min02s91), enquanto Jack Brown, também dos Estados Unidos, foi o terceiro mais rápido (2min04s98). Já Diogo Yabe não se classificou para a final da prova.

Joanna Maranhão faturou a medalha de bronze da versão feminina dos 200 metros medley com o tempo de 2min14s05. A brasileira foi superada pelas canadenses Juli Wilkison, que conquistou o ouro com 2min13s10, e Er Morningstar, que faturou a prata com 2min13s56.

Com os resultados de domingo, o Brasil encerrou a sua participação no GP de Missouri com dez medalhas conquistadas, sendo cinco de ouro, duas de prata e três bronze.
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Natação reduz a pressão arterial em indivíduos pré-hipertensos

A prática regular de atividades físicas é uma medida de hábito de vida preconizada para evitar o apareciento da hipertensão arterial (pressão alta).A crescente procura da natação como uma forma de prevenção não-medicamentosa para a hipertensão arterial tem aumentado nos últimos anos.

O pesquisador Leandro Monteiro Zein Esteves (Universidade Católica de Brasília – Taguatinga, Brasília, Distrito Federal) e seus colaboradorews analisaram as respostas da pressão arterial (PA) após o exercício de natação e durante a rotina diária de trabalho de indivíduos pré-hipertensos.Os pesquisadores concluíram que a natação em intensidade moderada a alta foi eficaz para promover redução da PA pós-exercício em indivíduos pré-hipertensos durante a sua rotina de trabalho.

Oito indivíduos pré-hipertensos foram submetidos a duas sessões, sendo uma de natação (SN) e a outra de controle (SC). A PA foi medida no repouso pré-exercício e durante 12 horas de recuperação pós-exercício.Na SN, os pacientes nadaram por 45 minutos em uma intensidade moderada a alta, e, durante a SC, os sujeitos permaneceram em repouso na posição sentada pelo mesmo período de tempo.

Os resultados da pesquisa evidenciaram uma diminuição significativa  na pressão arterial sistólica (PAS) por duas horas após a SN em relação ao repouso, e uma diferença significativa entre a variação da PAS na recuperação pós-exercício em relação ao repouso pré-exercício.Este achado foi observada entre as sessões na primeira e segunda horas após a recuperação, respectivamente.

Fonte: Revista Brasileira de Medicina do Esporte.

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