sexta-feira, 29 de junho de 2012

A influência da natação no desempenho do triathlon: implicações para o treinamento e competição


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O triathlon, modalidade desportiva que combina natação, ciclismo e corrida, tem despertado o interesse de muitos pesquisadores desde a sua primeira disputa oficial, em 1978, no Havaí, quando 15 participantes largaram e apenas 12 chegaram ao final1. O esporte, que teve sua origem em um desafio, é muito difundido atualmente, já figurando no quadro de modalidades desportivas olímpicas (desde o ano de 2000, na Olimpíada de Sidney, Austrália).

Atualmente, o triathlon é disputado em diferentes distâncias, nas quais a menor é completada em, aproximadamente, 55 minutos (conhecida como Short Triathlon) e a maior (Ironman) tem o recorde próximo a 08 horas, com limite de 17 horas para seu término. Na prova chamada olímpica, o atleta nada 1,5 km, pedala 40 km e corre 10 km, sendo completada por volta de 2 horas pelos primeiros atletas2. Para cada uma das distâncias, sendo "curtas" ou "longas", como classificado por Bentley et al.3, parecem existir diferentes contribuições dos fatores que determinam o desempenho do triatleta, sendo eles fisiológicos, de treinamento ou competição4.

Dos fatores fisiológicos, destacam-se elevado valor de consumo máximo de oxigênio5,6 e de limiar anaeróbio7 , merecendo destaque, também, a eficiência metabólica, denominada economia de movimento2,8. Para os fatores ligados ao treinamento, apresentam-se como importantes o volume de treinamento1, a intensidade4 e os equipamentos utilizados9. E, por fim, os fatores que também influenciam no desempenho do triatleta são os associados à competição, como a tática empregada durante a prova7,10.

Além disso, a relação entre o desempenho isolado de cada modalidade (natação, ciclismo e corrida) com o desempenho final do triathlon ainda é pouco estudada. Estudos nessa linha podem contribuir para redução do tempo final dos atletas nas competições10-12. De Vito et al.8, por exemplo, encontraram correlações de diferentes magnitudes entre a natação, o ciclismo e a corrida com o tempo total na prova de distância olímpica (r = 0,60; r = 0,94 e r = 0,82 respectivamente). Os maiores valores foram encontrados para o ciclismo e corrida, atribuídos pelos autores pela elevada contribuição percentual das duas modalidades no tempo total (50% e 30% respectivamente), comparados à natação (apenas 20%).

Várias pesquisas têm estudado a influência do desempenho no ciclismo e corrida durante o triathlon, sobre o desempenho total13-15, porém não foram encontrados estudos que enfoquem o desempenho da natação e como ela pode influenciar a prova de triathlon. Este trabalho buscou informações relevantes sobre natação no triathlon e sua influência no desempenho de triatletas, apresentando-as de uma forma que possam ser proveitosas tanto para atletas e técnicos quanto para pesquisadores e estudiosos do triathlon.

Para isto, realizou-se uma revisão de literatura, destacando-se as seguintes palavras-chave: triathlon, triatleta, desempenho e natação, e suas traduções para o inglês, quando necessário, tendo como fonte de busca a base de dados Pubmed, o Portal de Periódicos da CAPES e o Google Acadêmico, sendo selecionados os artigos que estavam relacionados com o objetivo do estudo.

 

A NATAÇÃO NO TRIATHLON: ASPECTOS DO DESEMPENHO E FISIOLÓGICOS

A natação no triathlon demonstra diferentes características em seu desenvolvimento, já que existe diferença em sua duração, com seu tempo médio para atletas de elite variando de nove a 55 minutos (tempo dependente da distância da prova). Neste sentido, a duração da etapa modifica a contribuição percentual no tempo total (9,4 a 17,0%). A tabela 1 apresenta as diferentes competições com suas distâncias, o melhor tempo de triatletas (masculino e feminino) em provas realizadas no Brasil, em 2008, e a contribuição percentual para a composição do tempo total de cada triathlon analisado.

Os índices fisiológicos que determinam a melhoria do desempenho com estas durações estão relacionados principalmente ao consumo máximo de oxigênio (VO2max), para duração inferior a 10min e ao limiar anaeróbio, quando a duração se encontra entre 10-60 min16. Mesmo assim, poucos são os estudos que descrevem tais índices fisiológicos relativos à natação de triatletas, provavelmente, pela dificuldade em sua determinação.

Os testes para avaliação dos índices fisiológicos que determinam a melhoria na natação devem ser realizados com o máximo de especificidade18-21, pois comparando estudos que avaliaram o VO2max em triatletas ,utilizando ergômetro de braço como Denadai et al.21 , os valores obtidos podem não ter avaliado o estado de treinamento dos triatletas, pois o ergômetro pode recrutar grupos musculares do tronco e braço que não são utilizados na natação, ficando muito abaixo quando comparado com o valor obtido por Neal et al.19 e Kohrt et al.22 em avaliações específicas. O valor do VO2max dos estudos citados estão relacionados na tabela 2.

 

 

O limiar anaeróbio é comumente determinado pela mensuração do lactato sanguíneo, método invasivo que necessita coleta de sangue, ou pela medida dos parâmetros ventilatórios (limiar ventilatório) durante esforço progressivo26.

Alguns trabalhos têm encontrado correlação entre o limiar anaeróbio e o desempenho aeróbio24 e com o desempenho final do triathlon16 e nas modalidades que o compõem25.

Denadai e Balikian7 demonstraram correlação deste índice obtido na natação, com a velocidade média durante um Short Triathlon (r = 0,98), corroborando os resultados obtidos por Balikian e Denadai27 que encontraram correlação de r = 0,92 durante a natação no Meio Ironman. Assim, o limiar anaeróbio da natação parece ser um excelente preditor do desempenho desta modalidade nas provas de triathlon.

Outro aspecto fisiológico importante durante provas de triathlon é a intensidade em que os atletas executam as modalidades, pois parece que o efeito residual do exercício anterior provoca um aumento da demanda fisiológica no exercício subsequente, havendo, assim, um decréscimo no desempenho26.

Neste sentido, parece importante determinar a intensidade de esforço em que os atletas executam a natação no triathlon, já que esta pode influenciar diretamente no desempenho total da prova. O lactato tem sido demonstrado como um importante marcador da intensidade de esforço durante atividades contínuas e aeróbias28. Alguns estudos têm apresentado a concentração de lactato ([Lac]) durante provas de triathlon, demonstrando que a natação é a modalidade executada em maior intensidade, comparada ao ciclismo e à corrida 7,28,29. A tabela 3 apresenta alguns estudos que determinaram a [Lac] da natação durante triathlons.

 

 

Denadai e Balikian7 utilizaram um valor fixo de 4 mmol.L-1 de lactato para a determinação do limar anaeróbio de triatletas. Nota-se, na tabela 3, que a etapa da natação é realizada em uma intensidade acima deste valor, o que pode ser prejudicial ao ciclismo ou mesmo ao desempenho da prova como um todo. Uma limitação dos estudos que apresentam a [Lac] durante o triathlon é não apresentar a variação da intensidade durante a prova, fato este destacado em outros trabalhos11,30, mas que também não conseguiram relacionar esta variação com a [Lac] pós prova.

Os indicadores fisiológicos de intensidade determinados em laboratório e/ou campo, e comparados com situações de competições, podem ajudar a entender melhor o desempenho, as adaptações do processo de treinamento, assim como a escolha de estratégias de ritmo durante uma prova.

 

A NATAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NO DESEMPENHO TOTAL DA PROVA

Alguns estudos que caracterizaram fisiologicamente os triatletas não levaram em consideração a natação, sugerindo que seu desempenho não influenciaria o tempo total da prova de forma positiva6. De Vito et al.8 encontraram que o ciclismo e corrida seriam mais determinantes para o desempenho do triathlon, pela alta contribuição percentual das duas modalidades, no tempo total da competição analisada (50% e 30% respectivamente), quando comparados à natação (20%).

Schabort et al.2 corroboram essa crença, pois apresentam uma equação para predizer o desempenho de triatletas em distância olímpica e não incluem o desempenho da natação, já que em seu estudo o resultado no teste de 400m dos atletas (homens e mulheres) não se correlacionou com os 1500m da prova, excluindo-o da regressão apresentada. Já Binnie et al.31 verificaram o efeito de diferentes aquecimentos no desempenho da natação no short triathlon, demonstrando não existir diferenças no tempo total e na natação quando se aquece nadando, correndo ou sem a existência de aquecimento, mostrando que o desempenho no ciclismo e corrida não foram prejudicados. Tais autores não avaliaram diretamente a relação da natação com o desempenho final do short triathlon, algo que Schabort et al.2 fizeram na distância olímpica e encontraram correlação da natação das mulheres com o tempo final da competição, sugerindo inicialmente existir uma boa relação com o desempenho do triathlon e que isso possa ser dependente do gênero.

Para responder a primeira hipótese, Vleck et al.11 analisaram o desempenho de 24 triatletas homens participantes da Copa do Mundo de Triathlon na distância olímpica. Monitoraram as três etapas da prova, dos atletas da categoria elite por meio de um sistema de vídeo e GPS. Para a natação, a velocidade medida nas distâncias de 222m; 496m; 915m e 1189m foram correlacionadas com a colocação final da natação (r = -0,83; r = -0,82; r = -0,67 e r = -0,79, com p < 0,01 respectivamente) e, a colocação final no triathlon foi correlacionada com a velocidade média de nado (r = -0,52; p < 0,01) e com a colocação do atleta após esta etapa (r = 0,44, p < 0,05), demonstrando que a natação pode ter grande importância para o desempenho final dos triatletas de elite em provas com distância olímpica.

Corroborando com estes achados e confirmando a segunda hipótese, Vleck et al. 30 analisaram atletas homens e mulheres durante um etapa do Mundial de 2002 e também demonstraram existir relação da natação com o desempenho final na prova de triathlon, tanto para homens, quanto para as mulheres (Tabela 4). Além disso, verificaram que a estratégia de nado foi diferente entre os gêneros e que isto influenciou diferentemente o desempenho final no triathlon, pois para as mulheres a influência da natação na competição analisada foi maior.

Leite et al.32 analisando diferentes etapas do Troféu Brasil de Triathlon que tem distância olímpica para os principais atletas, também mostraram que a natação pode influenciar diferentemente o desempenho total da prova e que isso pode ser dependente da altimetria do percurso de ciclismo e corrida, pois afeta o desempenho dos atletas nestas modalidades além, do período do ano que pode influência direta no planejamento do treinamento do atleta. A Tabela 4 apresenta estudos correlacionais entre o desempenho final de triatletas e cada uma das modalidades que compõem o esporte, em diferentes níveis de competição e distâncias.

É importante destacar os diferentes n amostrais utilizados pelos estudos citados acima, fato este que pode interferir no poder estatístico do teste de correlação e consequentemente, na possível relação entre o desempenho final do triathlon e o desempenho de cada modalidade. De qualquer forma, estes dados provenientes dos poucos estudos correlacionais publicados, sugerem uma tendência de existir maior correlação do desempenho da natação com o tempo total das provas de triathlon mais curtas.

Sugere-se a realização de novos estudos, envolvendo triathlon de diferentes distâncias, especialmente, para atletas femininas.

 

A INFLUÊNCIA DA NATAÇÃO NO DESEMPENHO DO CICLISMO

Algumas pesquisas sobre triathlon vêm enfatizando que as exigências metabólicas induzidas durante uma das etapas da competição pode prejudicar o desempenho nas demais modalidades da prova3,13. A maioria delas tem dado atenção aos efeitos do ciclismo no subsequente desempenho da corrida e poucos estudos têm demonstrado os efeitos da natação em relação ao desempenho no ciclismo e no triathlon 26,33,34. A princípio, a duração e a intensidade na qual a etapa de natação é realizada parecem influenciar o ciclismo.

Delextrat et al.35 encontraram alterações significativas em alguns parâmetros fisiológicos, analisando o efeito de 1500m de natação no ciclismo. O estudo consistiu em comparar as respostas fisiológicas ao desempenho de 30 minutos de ciclismo a 75% da potencia aeróbia máxima, após a natação, em comparação ao ciclismo isolado em triatletas treinados de nível nacional da França. Tais autores encontraram aumento no VO2 (5,0%), no volume expiratório (15,7%), na frequência cardíaca (9,3%) e respiratória (19,9%), além de uma perda de 13% na eficiência (gasto energético) no ciclismo, comparado com o ciclismo isolado, após a realização da natação na distância olímpica e com [Lac] de 6,9 ± 2,6 mmol.L-1.

Já Laursen et al.34 estudaram os possíveis efeitos provocados por 3000m de natação, precedendo 3h de ciclismo a 60% do VO2max e encontraram que a velocidade de nado, na qual foi realizada essa distância, não interferiu de maneira significativa nas respostas de consumo de oxigênio (VO2), frequência cardíaca (FC) ou volume expiratório (VE) em triatletas treinados durante o ciclismo. Em contraste, Kreider et al.26 relataram queda (p < 0,05) de 17% de potência no ciclismo durante simulação de 40km em 75min, aumento (p < 0,05) nas respostas de VO2, VE, volume de ejeção, débito cardíaco e na pressão arterial média no ciclismo, após a realização de 800m de natação, em comparação com a mesma distância sem exercício prévio.

Peeling et al.36 realizaram um estudo comparando a velocidade da natação, na qual os triatletas nadavam a 80-85%, 90-95% e 100% de sua velocidade máxima, associando ao desempenho de ciclismo subsequente. O estudo foi realizado na distância short (750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida) e o ciclismo mais rápido foi o realizado após a natação em velocidade 80-85% da máxima, sugerindo a existência de um possível limiar de intensidade de realização da natação, acima do qual, o desempenho de ciclismo pode ser prejudicado. Os autores atribuem a perda de desempenho no ciclismo após nadar em alta intensidade (100%) aos possíveis aumentos da [La] e ao acúmulo de H+. Alguns estudos comprovaram que os níveis de lactato sanguíneo são mais elevados ao final da etapa de natação que nas demais etapas do triathlon37,38.

O´Toole e Douglas17 enfatizam que os exercícios de endurance como o Triathlon Olímpico são limitados parcialmente pela depleção do glicogênio muscular e desequilíbrio ácido base. Alguns dos fatores que podem influenciar as concentrações sanguíneas de lactato são: i) a composição dos diferentes tipos de fibras musculares, ii) a densidade capilar, iii) a mobilização preferencial de gorduras como substrato energético, relativamente aos carboidratos, para a mesma intensidade relativa de exercício, assim como iv) o transporte facilitado do lactato através das membranas celulares, quer para a circulação quer para a mitocôndria (através da ação dos transportadores protéicos de monocarboxilato - MCT)39. De acordo com Delextrat et al.35 , a influência que a natação pode ter no ciclismo é dependente da distância em que esta é realizada (provas de curta versus longa duração), pois quanto mais rápida for a velocidade empregada durante a etapa de natação, maiores serão os efeitos no ciclismo, induzindo, assim, alterações metabólicas importantes. Assim, parece que o rendimento no ciclismo possa ser dependente da intensidade e duração na qual a etapa de natação é realizada34,36.

Mesmo assim, com a oficialização do "vácuo" na etapa do ciclismo, nas provas de distância Short e Olímpica, na década de 90 do século passado, a influência da natação no ciclismo e no desempenho final do triatlo pode ter sofrido mudanças, pois os atletas poderiam usar o vácuo para amenizar os efeitos deletérios da natação e melhorar o rendimento na corrida40. Porém, ainda são necessários estudos adicionais para determinar se as interferências nas respostas fisiológicas durante o ciclismo após o desempenho da natação poderiam influenciar o desempenho da corrida subsequente e o tempo total de prova.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a análise dos estudos apresentados, destaca-se que a natação mostra-se como a modalidade mais intensa durante um triathlon, provavelmente, por ser a primeira e ter sua duração inferior ao ciclismo e corrida. Nas provas mais curtas do triathlon, nas quais a natação tem duração entre 10 e 30 min, a intensidade desta etapa parece ser superior ao limiar anaeróbio. Alguns estudos encontraram uma relação negativa entre a concentração de lactato sanguíneo ao final desta etapa, com o desempenho das modalidades subsequentes. Já o tempo final desta primeira etapa do triathlon, parece correlacionar-se positivamente com o tempo final das provas curtas. Nas provas mais longas, esta relação parece não existir, ou seja, o desempenho na natação tem menor influência no resultado final do triathlon. Assim, nas provas de triathlon Short e Olímpico, a estratégia de intensidade adotada na etapa da natação pode influenciar diretamente no resultado final.

Com isso, o planejamento e a distribuição de cargas de treinamento entre as três modalidades do triathlon devem levar em consideração à distância e o formato das principais provas disputadas, já que, nas provas "curtas" (por ex. Olímpico), um bom desempenho de natação parece ser fundamental para o rendimento final e, nas provas mais longas (por ex. Ironman) esta modalidade não parece ser determinante do desempenho final.

 

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Autores:

Adriana Garcia PachecoI; Gerson dos Santos LeiteII,III; Ricardo Dantas De LucasI; Luiz Guilherme GuglielmoI

IUniversidade Federal de Santa Catarina. Laboratório de Esforço Físico, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Florianópolis. SC, Brasil
IIUniversidade Nove de Julho. Programa de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação. São Paulo. SP. Brasil
IIIUniversidade São Judas Tadeu. Programa de Pós Graduação em Educação Física. São Paulo. SP. Brasil



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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Para Phelps, rivalidade com Lochte é uma das maiores da história


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Michael Phelps disse que sua rivalidade com Ryan Lochte é uma das maiores do mundo. Foto: Getty Images

Michael Phelps disse que sua rivalidade com Ryan Lochte é uma das maiores do mundo

Dois dos maiores nadadores da história recente, os norte-americanos Michael Phelps e Ryan Lochte se encontraram em uma arena neste sábado, quando Lochte saia de uma entrevista e Phelps entrava para outra.

Segundo informações do L.A. Times, após um aperto de mãos, uma conversa rápida e algumas risadas com o adversário, Phelpes disse que a sua rivalidade com Lochte "é provavelmente uma das maiores da história".

Já Lochte afirmou que "achava que ambos poderiam mudar o esporte", e que o duelo entre os dois "vai ser um dos principais assuntos dos Jogos de Londres".

E Ryan Lochte pode estar certo, já que as provas de natação dominam a primeira semana. As eliminatórias norte-americanas começaram nesta segunda-feira e, caso não aconteça nenhuma catástrofe, ambos estarão em Londres disputando as suas provas.

Michael Phelps tem em sua carreira 14 medalhas de ouro e duas de bronze - sendo oito de ouro conquistadas em uma única edição, em Pequim 2008 -, enquanto Lochte tem três de ouro, duas de prata e uma de bronze. No Mundial realizado ano passado, entretanto, Lochte venceu todas as provas que disputou, sendo que em duas derrotou Phelps. Desta maneira, a rivalidade tem tudo para continuar com novos capítulos nos Jogos de Londres.


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Confiante, T. Pereira quer 1ª medalha contra "mesmos de sempre"


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Em sua terceira Olimpíada, Thiago Pereira tentará a primeira medalha em Londres 2012. Foto: Ivan Pacheco/Terra

Prestes a embarcar para Londres e disputar sua terceira Olimpíada, Thiago Pereira aparenta tranquilidade. O nadador de 26 anos novamente tentará a inédita medalha na competição em suas provas favoritas, os 200 m e 400 m medley, após ficar fora do pódio em Atenas 2004 e Pequim 2008; para isso, sabe muito bem quem terá que superar. Os principais adversários na busca pela glória olímpica serão os mesmos que já o frustraram em outras oportunidades: os americanos Michael Phelps e Ryan Lochte e o húngaro Laszlo Cseh.

"São os mesmos de sempre, os mesmos das últimas duas Olimpíadas, e vai ser agora de novo", admitiu Thiago, bem-humorado. "Mas acho que é melhor. Prefiro conquistar uma medalha em cima de algum deles do que conquistar sem eles nadando, acho que o gostinho é melhor".

Com 18 medalhas em Jogos Pan-Americanos e quatro em Mundiais, o nadador brasileiro nunca escondeu que o grande objetivo da carreira ainda não foi alcançado. Mas ele confia que em 2012, já mais rodado e calejado com as frustrações anteriores, um atleta diferente cairá na água para disputar um lugar no pódio olímpico diante de nomes estelares da natação mundial.

"Estou muito (diferente), das outras duas Olimpíadas para cá são oito anos nas costas quase. Acho que (estou) bem mais confiante, bem mais tranquilo. Tenho certeza de que neste ano tenho feito tudo o que podia, tanto na parte fora da água quanto dentro, e isso me dá uma confiança maior, meus últimos resultados também. Já tive a oportunidade de nadar duas Olimpíadas, duas finais, então já sei o que me espera lá", afirmou.

A confiança de Thiago não se resume às suas provas individuais. Ele também vai disputar o revezamento 4x100 m medley pelo Brasil, e acredita que a Seleção nunca esteve tão próxima de uma medalha olímpica, comparando com as duas edições anteriores de Jogos Olímpicos em que ele esteve presente.

"No revezamento, das duas últimas Olimpíadas, acho que essa é a que o Brasil tem mais chances de medalha. Vai brigar bem tanto no 4x100 m livre quanto no 4x100 m medley. Mas antes de sonhar com medalha tem as classificações antes, passar pelas eliminatórias, e aí na final, quando chegar lá, os oito têm chances de brigar", declarou.


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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Brasileiro é flagrado no antidoping e já tem benefícios de programa federal suspensos 4


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O nadador brasileiro Gláuber Silva, classificado para os 100m borboleta nos Jogos Olímpicos de Londres, foi flagrado em exames antidoping. A informação foi confirmada ao UOL Esporte pelo diretor executivo da Autoridade Brasileira de Dopagem, Marco Aurelio Klein. Pelo menos mais um atleta da natação também teve resultado positivo em seus exames.

Membro do programa Bolsa Atleta, do Governo Federal, Gláuber teve os benefícios do programa suspensos até uma definição do caso. "Ele foi suspenso do programa nesta sexta-feira. Esse é um procedimento normal que envolve qualquer atleta. Quem não pode competir por motivo disciplinar, e o doping é uma das mais graves infrações, sempre é suspenso. No caso dele, ele ficará sem receber até estar apto a voltar a competir. Se for julgado e não receber nenhuma pena, receberá o valor retroativo. Se receber uma punição, ficará sem receber até voltar a competir", explicou o dirigente.

Outros nomes envolvidos ainda não foram confirmados. A reportagem apurou que atletas da natação já estão sendo orientados por clubes e equipes para não falar com a imprensa até que os casos sejam oficializados pelos órgão responsáveis.

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, que não tem expediente nesta sexta-feira por causa da Rio +20, ainda não se pronunciou sobre o assunto. "A FINA não nos autoriza a falar nada antes do painel. Isso deve acontecer na próxima semana", afirmou o presidente da CBDA, Coaracy Nunes, por telefone.

No ano passado, o maior nadador brasileiro da história, Cesar Cielo, foi um dos pivôs de um caso de doping e foi protagonista de uma audiência no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS na sigla em inglês).

Cielo não foi suspenso após seu exame ter dado positivo para a substância furosemida (diurética), o que lhe valeu uma advertência da Confederação Brasileira de Natação, interpretação confirmada pela Federação Internacional - decisão esta que não agradou a diversos nadadores internacionais.

Além de Cielo, outros três nadadores foram flagrados pela mesma substância: Henrique Barbosa, Nicholas Santos e Vinícius Waked.  Somente o último foi suspenso por ser reincidente. Os demais, assim como Cielo, levaram apenas advertência.
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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Nadador norueguês morto sofria de doença cardíaca, confirma laudo


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Campeão mundial nos 100 m peito, Alexander Dale Oen era a maior esperança de medalha da Noruega. Foto: Getty Images

O nadador norueguês Alexander Dale Oen, que morreu durante treinamentos no Arizona, em abril deste ano, sofria de uma doença cardíaca, de acordo com laudo médico divulgado na terça-feira.

Segundo o informe divulgado pelo Condado de Coconino, Dale Oen sofria de doença coronária aterosclerótica, ou seja, o atleta teria bloqueios arteriais.

Kimbal Babcock, gerente de serviços clínicos do Distrito de Serviços de Saúde Pública do Condado de Coconino, disse que os bloqueios impedem que o coração receba sangue.

Babcock afirmou que fatores como ser idoso, ter diabetes ou levar uma vida sedentária podem desenvolver a doença. No caso de Dale Oen, o médico legista recomendou que a família do nadador analise a existência de histórico familiar de doença cardíaca.

Dale Oen realizava treinamentos para a Olimpíada 2012 em Flagstaff, no condado de Coconino, quando, no dia 30 de abril, sofreu uma parada cardíaca e colegas de equipe encontraram-no desmaiado no chão de seu banheiro, em um hotel. O atleta foi declarado morto pouco depois, no Centro Medico da cidade.

O nadador se tornou herói nacional depois de vencer os 100 m peito no Mundial de Xangai 2010, apenas três dias depois de 77 pessoas serem mortas em um massacre na Noruega pelo assassino confesso Anders Behring Breivik.

No Mundial, Dale Oen dedicou a vitória, o primeiro ouro em mundiais para um norueguês, às vítimas da tragédia, apontando para a bandeira do país em sua toca. Na cerimônia de premiação, ele chorou enquanto o hino da Noruega tocou.

O nadador era a principal esperança de medalha para a Noruega nos Jogos Olímpicos de Londres, depois de conquistar a medalha de prata nos 100 m peito nos de Pequim 2008.


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Antes da Olimpíada, Thiago Pereira disputa torneio em Roma


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Nesta semana, Thiago Pereira vai disputar a sua última competição antes dos Jogos Olímpicos de Londres. O nadador do Corinthians vai participar do Troffeo Sette Colli, em Roma, na Itália. A primeira prova do brasileiro será na próxima quinta-feira, nos 100 metros borboleta. Na sexta-feira, Thiago disputa dos 400m medley e, no sábado, os 200m medley.

Na capital italiana, Thiago Pereira espera melhorar a sua marca nos 200m medley e ganhar ritmo para as Olimpíadas. "Posso fazer uma marca expressiva e chegar ainda mais confiante em Londres. Espero melhorar o meu desempenho em relação ao Maria Lenk, que foi em abril, nos 200 m medley. Tenho que me preocupar com os meus resultados e sem me basear nos adversários", ressaltou o nadador, que não nada há um mês e meio.

No Troféu Maria Lenk de 2012, disputado no mês de abril, o atleta cravou a marca de 1min57s11 nos 200 metros medley. Já nos 400m medley, o tempo foi de 4min27s19.

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Natação brasileira leva vaga olímpica no 4x100m medley


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A Federação Internacional de Natação (Fina) confirmou nesta terça-feira a classificação do Brasil para disputar a prova masculina do revezamento 4x100 metros medley na Olimpíada. Além disso, a entidade liberou a inscrição de mais um reserva para a equipe do revezamento 4x100 metros livre, vaga que ficará com João de Lucca, aumentando a delegação brasileira nos Jogos de Londres para 20 nadadores (16 homens e quatro mulheres).

Nas provas de revezamento da natação, são 16 vagas olímpicas disponíveis. Os 12 melhores do Mundial de Esportes Aquáticos garantem classificação e os outros quatro são definidos pela Fina, através do ranking mundial. Como não ficou entre os 12 primeiros colocados no campeonato do ano passado, em Xangai, o Brasil precisou esperar até agora para ser confirmado entre aqueles que estarão na Olimpíada no 4x100 metros medley.

A vaga olímpica veio graças ao tempo conquistado nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no ano passado, quando a equipe brasileira ganhou a medalha de ouro com 3min34s58. Na Olimpíada, o Brasil será representado no 4x100 metros medley por Thiago Pereira, Felipe França, Kaio Márcio e Cesar Cielo, que são os donos das melhores marcas em cada prova individual - os quatro já estavam garantidos previamente nos Jogos de Londres.

Além da vaga no revezamento, a Fina aprovou a inclusão de mais um reserva para o Brasil no 4x100 metros livre. Assim, João de Luca, dono do sexto melhor tempo durante as seletivas nacionais, vai se juntar a Nicholas Santos como suplente da equipe olímpica com boas chances de nadar nas eliminatórias da Olimpíada, quando alguns dos titulares (Cesar Cielo, Nicolas Oliveira, Bruno Fratus e Marcelo Chierighini) podem ser poupados.


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Cielo crava o melhor tempo e vai à final dos 50m livre no Sette Colli


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Com sobras, Cesar Cielo fez o melhor tempo das eliminatórias e, na manhã desta quinta-feira, se classificou para a final dos 50m livre no Trofeo Sette Colli, em Roma, na Itália, última competição antes dos Jogos de Londres. Na luta por medalha, que acontecerá à tarde (12 horas de Brasília), "Cesão" terá também como adversário Bruno Fratus, que conseguiu a sexta marca.

Cielo venceu sua bateria (a nona) com 22s49. Com o segundo melhor tempo geral da qualificatória ficaram lado a lado o italiano Marco Orsi e o russo Sergey Fesikov, que completaram em 22s54 suas respectivas baterias. Fratus terminou a sua em segundo, marcando 22s63 e empatando com o francês Florent Manaudou.

Demais brasucas ficam fora das finais da tarde

Mais cinco brasileiros participaram das eliminatórias no primeiro dia de competição do Trofeo Sette Colli, sem, no entanto, conseguirem classificação para a prova decisiva. Na mesma prova que terá Cielo e Fratus na decisão, Nicolas Oliveira terminou em 26º (23s12) e está fora da luta por medalhas, assim como Nicholas dos Santos, uma posição acima (23s20).

Já Henrique Barbosa conseguiu apenas o 12º tempo nos 100m peito (1m02s90), enquanto Thiago Pereira teve a mesma colocação nos 100m borboleta (53s95). Leonardo de Deus ficou em 24º (54s96).
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sábado, 2 de junho de 2012

Nova geração de nadadores brasileiros aprova Crystal Palace


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Parte da seleção brasileira de natação fez um período de preparação esta semana em Crystal Palace, em Londres, local que vai servir de base para a equipe durante a Olimpíada-2012. Liderada pela experiente Joanna Maranhão, que vai disputar os Jogos pela terceira vez, a nova geração do país aprovou a piscina, a estrutura do centro de treinamento e já pôde sentr um pouco do clima olímpico.

"Foi a primeira vez que vim aqui em Crystal Palace, achei ótima a piscina, a parte de musculação, é tudo o que a gente precisa para continuar os treinamentos do Brasil. É bom saber que a estrutura física é boa", disse Joanna Maranhão, que aos 25 anos já participou de Atenas-2004 e Pequim-2008.

Glauber Silva, que vai disputar a Olimpíada pela primeira vez, na prova dos 100 metros borboleta, também fez elogios ao local de preparação da equipe brasileira, que fica localizado na região Sul da capital inglesa.

"A piscina é muito boa, tem um bloco de primeira qualidade, o mesmo que vai ser usado na Olimpíada, academia boa. Estamos no lugar certo para fazer a preparação antes da Olimpíada", afirmou Glauber.

Piscina de Crystal Palace será a base dos brasileiros durante a Olimpíada em Londres

Piscina de Crystal Palace será a base dos brasileiros durante a Olimpíada em Londres
Crédito da imagem: Tiago Leme/ESPN

Além de Joanna Maranhão e Glauber Silva, também estiveram em Londres esta semana Marcelo Chierighini, Daniel Ozerchowski, Felipe Lima, Graciele Herrmann e Henrique Rodrigues. Este grupo vai nadar no Torneio Marenostrum, em Barcelona (Espanha), entre os dias 2 e 6 de junho, e depois em Canet, na França, entre 7 e 6 do mesmo mês.

Na próxima semana, outra parte da equipe brasileira, com atletas mais experientes, também passa alguns dias se preparando em Crystal Palace antes de disputar o Troféu Sette Colli, em Roma, entre os dias 14 e 16 de junho. Cesar Cielo, Bruno Fratus, Tales Cerdeira, Nicolas Oliveira, Henrique Barbosa, Leonardo de Deus, Thiago Pereira e Nicholas Santos estão neste grupo.

Apesar da experiência de estar indo para a sua terceira Olimpíada, Joanna Maranhão não escondeu a sua ansiedade pelos Jogos de Londres, quando irá em busca de uma medalha nos 400 metros medley.

"Falei que eu estava emocionada quando eu cheguei aqui. Apesar de ser a terceira vez, é um evento que acontece de quatro em quatro anos. Agora é uma Joanna diferente, agora é a cereja do bolo, é muito bom saber que faço parte do time olímpico. É uma sensação de plenitude, de felicidade muito grande, é uma emoção", descreveu Joanna.

Já a gaúcha Graciele Herrmann, de 20 anos, que vai fazer a sua estreia olímpica, também falou da importância deste período de preparação na Inglaterra.

"É diferente estar aqui, você está em Londres, não está no Brasil. Acho que bate um psicológico diferente, já estamos respirando o arzinho de Londres", afirmou Graciele.

Durante a preparação, a convivência com atletas mais experientes, que já participaram de outras Olimpíadas, como Cielo e Joanna, por exemplo, acaba sendo importante para esta nova geração de nadadores brasileiros.

"Esse pessoal mais experiente acaba transmitindo um pouco desses ensinamentos para a gente, é importante a convivência com eles nesse periodo de preparação. Só por observar o que ele fazem já ajuda bastante", disse Daniel Ozerchowski, que aos 27 anos vai disputar os Jogos pela primeira vez, na prova dos 100 metros costas.

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Joanna Maranhão pede trégua em polêmicas: ‘Sou atleta e não vítima’


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Joanna Maranhão no CT do Brasil em Crystal Palace (Foto: Carlos Mota / Globoesporte.com)

Declarações firmes e um só assunto em pauta: natação. Depois de voltar a ser envolvida nas últimas semanas em assuntos relacionados ao abuso sexual que sofreu na infância, com a aprovação de lei específica contra o crime com seu nome e até mesmo sofrer um desmaio diante da declaração de Xuxa ao "Fantástico", Joanna Maranhão deixou claro o desejo de só aparecer nas páginas esportivas. Pelo menos enquanto for nadadora profissional. Prometendo maior comprometimento com a causa após a aposentadoria, ainda não programada, a pernambucana não fugiu do tema durante a visita ao centro de treinamento do Brasil para os Jogos de Londres, em Crystal Palace, mas pediu paz para ter um bom desempenho olímpico.

Classificada para nadar os 400m medley, Joanna deixou claro que compreende a curiosidade sobre sua história de vida. Entretanto, pediu respeito diante de sua posição e demonstrou preocupação em fazer com que seu nome seja associado ao de uma atleta e não de uma vítima.

- Compreendo a curiosidade das pessoas. É algo completamente normal e até uma forma de carinho comigo, além de ser curiosidade de quem foi vítima ou não. Compreendo e respeito. Mas também quero que me respeitem. Esse é o momento mais feliz da minha carreira, demorei anos para encontrar essa paixão por nadar de novo, e quero viver isso da melhor maneira possível. Faltam dois meses, não é muito tempo. Não sei se vou nadar por mais quatro anos. Vou seguir enquanto sentir essa paixão. E enquanto eu for atleta quero dar exemplo que me superei através do meu esporte, do que eu faço. Quando se lida com performance, a carga emocional é grande. É complicado ter que nadar na Olimpíada e ainda estar falando sobre esse tema o tempo inteiro. Todo mundo viveu algo que doeu. É como se eu pegasse isso e ficasse mexendo na ferida. O mais importante não é voltar para trás e falar o que houve, mas olhar para frente e ver o quanto fiquei bem através disso tudo. Por isso, nesse momento não quero falar. Mais para frente, quando estiver pronta e não tiver que competir, volto a falar e me engajo mais na causa. Hoje, é Joanna atleta e não vítima.

Prestes a disputar sua terceira Olimpíada, a nadadora brasileira garantiu viver o momento mais feliz da carreira. Sentimento que está diretamente ligado à maturidade adquirida após fazer uma avaliação do passado nas piscinas.

- É a minha jornada mais feliz, mais plena. Estou dando valor a tudo, aproveitando cada detalhe. Hoje, sei exatamente o que preciso treinar. Há uns anos eu queria fazer força do começo ao fim, achava que era o importante, mas não é assim. Tem que fazer a coisa correta no momento correto. Aprendi com o tempo. É muito bom olhar para trás, ver o que fiz certo, errado, melhorar, consertar... Hoje, estou no melhor caminho possível para o meu resultado

Após visitar Crystal Palace pela primeira vez, Joanna Maranhão revelou já sentir o arrepio causado pela maior competição esportiva do planeta.

- Comentei com o pessoal que fiquei até emocionada quando cheguei em Londres. Eles disseram que já é minha terceira Olimpíada, mas cada vez é especial. É um evento que só acontece de quatro em quatro anos. Então, é muito tempo, hoje sou uma Joanna diferente. Olimpíada é a cereja do bolo e é muito bom estar aqui, cair a ficha de que faço parte do time olímpico mais uma vez. É uma sensação difícil de explicar. É uma plenitude, uma felicidade muito grande.

Uma das quatro representantes femininas do Brasil na natação, a pernambucana de 25 anos evitou revelar quais suas ambições para Londres-2012. Por outro lado, voltou a falar da maturidade alcançada ao longo dos anos e garantiu que a grandiosidade dos Jogos Olímpicos já não afeta mais seu rendimento.

- Tenho meta, mas é algo que eu guardo para mim. E há também algumas metas que divido com minha técnica. Acho que é importante termos um objetivo em comum, mas é fundamental que eu tenha a minha meta também. É algo que eu não divulgo. Lógico que todo mundo quer estar na melhor performance, todo mundo chega pronto para isso, e é o psicológico que vai fazer a diferença na hora. Quem sentir a importância dos Jogos e colocar isso na frente do que vai fazer, vai acabar perdendo. É como costumo dizer: "Temos que se ligar no jogo e não no que está em jogo". Se a pessoa ficar pensando muito no evento, na Vila Olímpica, nas pessoas, acho que perde o foco daquilo que precisa fazer. É um bloco, uma raia, uma prova, o atleta e aquilo que está acostumado a fazer todos os dias. E estou preparada para isso.

Para Londres, Joanna diz que está mais preparada para cair na piscina e brilhar (Foto: Satiro Sodré/AGIF)

Preparada e novamente feliz para cair na piscina, de acordo com as palavras da própria Joanna. Ao recordar sua história olímpica, a brasileira revelou ter passado por um turbilhão de sentimentos em Atenas-2004 e Pequim-2008, algo que contribuiu para que chegasse melhor a Londres-2012.

- A primeira vez foi há oito anos e, na verdade, eu não vivi o ciclo olímpico porque eu não comecei a sonhar com a vaga logo após Sydney. Em 2000, eu tinha 13 anos de idade, nem imaginava que em 2004 estaria nadando na Olimpíada. Fui nadar o Pan em 2003 e queria alguma medalha. Consegui e quando vi fiz o índice. Foi algo que aconteceu. Foi muito rápido, o que é normal quando se é jovem, as pessoas evoluem muito rápido. No começo, até fiquei um pouco em pânico, com medo de me jogar nos treinos, mas depois vi que tinha que curtir a experiência e foi o que aconteceu. Já em Pequim, eu perdi um pouco isso. Fiquei muito preocupada com o que os outros pensavam e perdi o foco. Reconquistei isso e hoje sou um pouco da Joanna de oito anos atrás, de quatro anos, e que juntou para que eu me tornasse a pessoa que sou agora.

Quinta colocada nos 400m medley em Atenas, Joanna Maranhão ainda tem mais três provas em seu currículo olímpico: 200m e 400m medley, e 200m borboleta, em Pequim-2008.
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