segunda-feira, 27 de junho de 2022

Como é o medley na natação?


100 atividades de Natação
Manual para Professor de Natação

8 benefícios que a natação pode trazer para seu corpo

O medley individual é um dos mais desafiadores de todos os eventos de natação. No entanto, também pode ser um dos mais divertidos para o nadador. O nadador deve mudar de estilos ao longo da corrida usando as viradas e o momento certo para cada um dos estilos.

Sem importar a distância do evento de medley individual, o nadador deve nadar a corrida usando os quatro estilos competitivos na ordem correta. O atleta nada cada estilo por um-quarto da corrida. O nadador começa a corrida em pé ou dentro da água na ordem de:

-Borboleta
-Nado Costas
-Nado Peito
-Nado Livre (qualquer outro estilo, geralmente nado livre).

Para treinar para eventos de medley individual, o técnico deve ensinar todos os quatro estilos e viradas adequadas. Para preparar-se melhor para uma corrida, dedique mais atenção no estilo mais fraco do atleta. Durante a corrida, o técnico irá querer certificar-se de que o nadador se concentra no estilo mais fraco, não gastando toda sua energia em uma etapa específica da corrida.

Dicas de treinamento

-Decomponha o evento praticando cada estilo individualmente.
-Pratique as viradas de um estilo para outro.
-Pratique dois estilos de uma vez. Por exemplo, de borboleta para nado costas, de nado costas para nado peito ou nado peito para nado livre.
-Dê maior ênfase à prática do estilo mais fraco do medley do nadador.
-Estimule o nadador a realizar viradas de modo rápido e correto.
-Estimule o nadador a não olhar em volta ao realizar viradas.
-Pratique conversando durante o evento com o atleta, verificando para assegurar que ele/ela se lembra do estilo correto.

Gráfico de faltas e posições

Dicas do Técnico para Medley Individual — Imediatas

Dicas de treinos
1. Decomponha o evento praticando cada estilo individualmente.
2. Decomponha o evento praticando cada virada entre estilos individualmente.
3. Pratique largada na água e largada no bloco na parte de borboleta.
4. Pratique a troca correta de um estilo para outro na virada.
5. Pratique a contagem de estilos a partir das bandeiras para a parede no nado costas.

Dicas de competição
1. Estimule o nadador a não olhar em volta ao realizar a virada.
2. Estimule o nadador a finalizar na parede corretamente com toque de duas mãos em borboleta e nado peito.
3. Estimule o nadador a finalizar cada estilo em uma braçada completa na parede.
4. Estimule o nadador a não virar em posição frontal ao virar de borboleta para nado costas.
5. Estimule o nadador a fazer viradas rápidas e o mais alongado o possível.

Fonte: specialolympics.org

Publicado em 07/04/13 e revisado em 28/06/22


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quarta-feira, 15 de junho de 2022

Pontos importantes de uma braçada na Natação


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4 benefícios da natação para corredores - Runner's World Brasil  #instaRWBrasil

Para uma braçada na natação ser eficiente, é necessário ela ter propulsão adequada, além do ritmo eficiente.

O desenvolvimento de um nado, em nenhum estilo é eficiente se ocorre "ponto morto" em qualquer fase da braçada. Ou seja, ponto em que o corpo perde velocidade por falta de propulsao, falta de ritmo.

Existem dois tipos de pessoas com esse problema. Aqueles que alongam a braçada, fazendo exercício de "espera braço" e aqueles que mudam a velocidade da braçada na fase submersa, acelerando e freando a mão sem "pegar" água.

No primeiro tipo, espera braço,  o nadador pode ser eficiente, mas ao esperar o braço ele faz muita força em cada braçada e perde toda velocidade extra com o tempo de espera. O corpo acelera veloz, e freia também na mesma proporção. Ninguém possui tanta força a ponto de não fadigar dessa forma.
Já o segundo tipo esquece que a braçada deve ser progressiva, mantendo o ponto de pressão na palma da mão em todo percurso da braçada. Para conseguir essa pressão, acelera-se a puxada  progressivamente. Contudo, ao finalizar a braçada, aproximadamente na linha do quadril, deve-se soltar a pressão na palma da mão para uma recuperação mais eficiente. 

Um erro comum para esse tipo é acelerar o início da braçada, no apoio, e depois parar  a mão,  tentando acelerar novamente no final da braçada, com o tríceps. Por 50m pode-se aguentar um bom ritmo assim, mas certamente haverá dificuldades ao tentar nadar 100m ou mais!

Lembrem-se: a braçada deve ser progressiva, terminando com força por ocasião do rolamento do corpo, mas ao final, não deve-se forçar "ëxtra" a mão, com o tríceps... Enfatizo que deve ser um movimento contínuo sem desgaste extra. Em vez de forçar o tríceps, e atrapalhar o rolamento do corpo e inércia, faz-se necessário justamente começar a outra braçada e relaxar a mão e braço para recuperação a braçada.
 
Publicado em 06/06/13 e atualizado em 15/06/22


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segunda-feira, 13 de junho de 2022

Diferença entre Pernada e Golfinhada


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Qualquer profissional de Educação Física sabe (ou pelo menos deveria), que a primeira fase de todo aprendizado motor é eminentemente cognitiva, ou seja, todo movimento novo que aprendemos, o fazemos primeiro em nosso cérebro. Somente depois de corretamente apreendido cognitivamente, o movimento novo passará a ser adequadamente experimentado pelo indivíduo, inicialmente com pouco ou nenhum acerto. Então gradualmente, com ajuda dos feedbacks intrínsecos e extrínsecos, e de exercícios adequados e corretamente organizados, o indivíduo vai aproximando-se do padrão correto de execução do movimento, com cada vez mais acertos e menos erros.

Para ser finalmente considerado aprendido, o novo movimento deve ser fixado, o que significa repetido corretamente sob diferentes condições e variáveis, de modo a ser dominado e executado com acerto na esmagadora maioria das tentativas.

Pois bem, se é assim, é lícito concluir que a clareza e objetividade das informações prestadas (não só, mas principalmente pela via verbal) desde o início deste processo são fundamentais para uma correta e eficaz aprendizagem motora. Estou convencido que já desde as primeiras explicações, passando pelas atividades de correção até os exercícios de fixação e domínio de qualquer habilidade, o profissional de Educação Física dever utilizar-se de um vocabulário técnico o mais correto e compreensível. É, aliás, por esta razão que precisamos sempre avaliar bem certas simplificações e adaptações que fazemos em nossa terminologia de aula: será que "estender" e "esticar" querem dizer a mesma para o nosso aluno? Usar "dobrar" ao invés de "flexionar" ajuda ou atrapalha a compreensão de nosso aluno?

No aprendizado da Natação não é diferente. Tenho percebido que desde muito cedo (oito ou nove anos de idade) o aluno é capaz de discernir muito bem as denominações que fazemos dos diferentes movimentos, partes do corpo, etc. Não devemos subestimar a capacidade de compreensão de nossos alunos e atletas. Denominações simplistas inadequadas só atrapalham a compreensão daquilo que solicitamos e, consequentemente, daquilo que é preciso ser feito. E entre alguns tantos casos, gostaria de falar sobre a golfinhada no nado Borboleta.

Para mim, golfinhada é uma ação motora que envolve o corpo todo (pernas, tronco, braços), numa ondulação com forte movimentação de quadril. Este movimento, dentro do ciclo do nado Borboleta é executado exclusivamente no ataque (entrada) das mãos e braços no prolongamento do corpo. Durante a golfinhada, o nadador eleva vigorosamente o quadril, enquanto as pernas e pés movimentam-se para baixo, torso e cabeça submergem para a expiração e o agarre das mãos no início da puxada submersa.

Como denominar então aquela pequena ação de pernas (flexão e extensão dos joelhos) executada no empurre final dos braços, com as mãos junto às coxas e braços ao longo do corpo? Que nome dar para aquele movimento de membros inferiores sem participação dos quadris, no exato instante em que o borboletista respira e, portanto, precisa estar com o torso e cabeça elevados? Golfinhada certamente não, pois golfinhada é o nome de outro movimento bem diferente. Bem, se o movimento é quase que exclusivamente de pernas, nada mais adequado que chamá-lo de pernada.

Considero, portanto, que a descrição mais correta para a coordenação básica do nado borboleta é "uma golfinhada e uma pernada para cada ciclo completo de braços" e não "duas golfinhadas para cada ciclo de braços". Não devemos nos referir a uma pernada como golfinhada ou vice-versa, pois muito além de ser uma óbvia incorreção técnica, isso só confundirá os nossos alunos, retardando a assimilação dos movimentos corretos ou, o que é pior, ocasionando a assimilação real de duas golfinhadas (ambas com ação de quadris) para cada ciclo de braços, defeito dificílimo de ser corrigido e que prejudica sobremaneira a respiração do nado e consequentemente a sua continuidade e eficácia.

Em livros da nossa área essa incorreção é infelizmente muito comum. Algumas poucas publicações fazem uma diferenciação parcial, chamando a pernada de golfinhada fraca e a golfinhada propriamente de golfinhada forte. Eu diria que é melhor do que simplesmente igualar os nomes, mas é conceitualmente insuficientemente, pois (insisto) uma pernada não é uma golfinhada, fraca ou forte.

Resumindo, acredito que da mesma forma como outros profissionais da área de saúde, o uso correto da nomenclatura técnica deve ser uma preocupação de todo profissional de Educação Física e, em particular, dos professores de Natação. Não por vaidade ou diferenciação profissional, mas simplesmente por pragmatismo pedagógico. 


Paulo Henrique Bonacella - Fonte


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