"A primeira vez que competi em altitude foi em 2006, num Sul-Americano, e sofri bastante. Essa coisa de chegar em cima da hora ou bem antes para se adaptar varia de pessoa para pessoa. Lembro que pesou para mim. Nadei na época os 100 m livre para 50s. Uma hora depois fui para o revezamento e aumentei meu tempo em dois segundos. Senti cansaço. Quero ver como vou reagir", observa Cielo. Guadalajara está a 1.500 m de altitude.
"Vai ser interessante chegar um pouquinho mais cedo para sentir a altitude nas situações do dia a dia. Será bom para aumentar a nossa sensibilidade e chegarmos à competição um pouco mais confortáveis. Eu, pessoalmente, não sei nem o que esperar porque será a primeira vez que vou para a altitude com um tempo maior. Não tirei férias depois do Mundial, mas estou bem preparado, bem treinado, em boa forma física. Achar aquela motivação mental vai ser um pouco mais complicado. É vencer esse medo da altitude antes de a competição começar, tentar se acostumar. É tentar fazer os melhores tempos do ano para entrar em férias e depois começar a pensar na Olimpíada", avalia Cielo.
Para o técnico Alberto Silva, o Albertinho, que comanda o Projeto Rumo ao Ouro em 2016, o PRO 16, que tem Cielo e outros nadadores da elite, a passagem por La Loma não será de preparação em altitude porque seria necessário um tempo maior, de pelo menos 21 dias, para isso. O objetivo é mesmo "uma adaptação à sensação provocada pela altitude que os nadadores vão encontrar em Guadalajara".
Cielo quer repetir os dois ouros que conquistou no Rio, em 2007, e fazer, em Guadalajara, tempo parecido nos 50 m livre aos 21s52 da conquista do bicampeonato mundial, em Xangai, em agosto. "É difícil falar sobre tempo agora porque a temporada não foi feita para o Pan, mas acho que estou em condições físicas melhores do que no Mundial."
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