A iniciação na Natação e os quatro estilos





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A natação infantil envolve desde a ativação das células cerebrais da criança até um melhor e mais precoce desenvolvimento de sua psicomotricidade, sociabilidade e reforço do sistema cardiovascular morfológico. Cabe ao professor respeitar a individualidade de cada aluno, pois cada aluno estará em uma forma de desenvolvimento diferente e reagem de maneiras distintas aos estímulos aplicados pelo professor.

    A iniciação desta modalidade, nesta faixa etária, deve permitir exploração de movimento e aprendizagem perceptivo-motora. Isto significa que o professor deve dar oportunidade para o aluno explorar o ambiente aquático e diferentes formas de movimentação que seu corpo pode realizar dentro dele. Além de estimular o indivíduo a não realizar os movimentos preocupando-se apenas com a técnica, mas sim, valorizando a percepção dos seus movimentos dentro da água e da sensação que a água provoca em seu corpo.

    No entanto, a natação deve ser muito mais que isso, valorizando a adaptação, aprendizagem, aperfeiçoamento e treinamento; de diferentes formas de ação corporal, aproveitando as propriedades da água e os benefícios que esta proporciona ao ser humano.

    O processo de adaptação deve ser iniciado com a ambientação, onde o aluno irá conhecer e explorar o espaço físico. A próxima etapa é a adaptação polissensorial, feita através da boca, nariz, olhos e ouvidos. Depois, vem o processo respiratório no qual a inspiração ocorre fora da água e a expiração ocorre dentro da água. Assim, a imersão na água ocorre facilmente, podendo-se passar para flutuação e sustentação. A última etapa é a propulsão de braços e pernas. Quando essas etapas estiverem bem assimiladas passa-se para a aprendizagem dos quatro estilos, crawl, costas, peito e borboleta, que não precisam ser ensinados necessariamente nessa ordem. O professor deve iniciar pelo qual o aluno tiver mais afinidade.

    O nado crawl, também conhecido como nado livre é considerado o mais rápido e o mais fácil dos quatro estilos na prática da natação, pois ele aparenta uma caminhada. A metodologia para o ensino do nado crawl inicia com a oscilação das pernas e dos pés, ou seja, a pernada é o que a criança aprende primeiro. O movimento de perna é o principal fundamento no começo da aprendizagem dos nados, pois tem como finalidade de estabilizar o corpo na água e para que a criança aprenda o movimento correto ela inicia o movimento como se estivesse pedalando, pois não tem muita força para bater as pernas no inicio da aprendizagem, então este movimento de pedalar na água é que vai proporcionar a criança a ter um deslocamento no ambiente liquido no começo do ensinamento.

    O nado costas é semelhante ao nado crawl, à diferença é que nesse estilo de nado o aluno fica em decúbito dorsal (flutuando de costa), uma das características deste estilo de nado é que o corpo está praticamente na horizontal com o plano da água e a posição do quadril estará voltada ligeiramente para baixo, o quadril ficando deste modo não deixa que a coxa saia da superfície da água quando fizer o movimento da pernada para cima. Quando estiver orientando a criança deve-se lembrar de que a posição posterior da cabeça precisa repousar na água e o nível d’água, no entanto, necessita passar em um ponto abaixo das orelhas, o queixo permanece levemente afundado e os olhos direcionados para cima e para trás.

    Na faixa etária de três a seis anos não se trabalha com o nado peito em seu modo completo, já que a execução do mesmo é muito complexa para esta idade, no entanto, a criança consegue fazer a pernada que nesta fase é mais conhecida como perna do sapinho ou a perna da rã. No começo todas as crianças terão algum tipo de dificuldade na hora de executar o movimento, entretanto, algumas pegaram o jeito mais fácil para fazer a realização e outras ainda apresentarão dificuldades, contudo o professor ensinando a pernada por meio de brincadeiras o aluno terá condições de assimilar a batida da perna mais rápido. O professor, no entanto, coloca a criança em decúbito ventral (barriga para baixo), apoiada na borda da piscina e movimenta seus pés fazendo com que este movimento aconteça em diagonal, deixando seus pés que palmateiam para fora, para baixo e para dentro e para trás, lembrando que a sola dos pés são as superfícies propulsivas que tem a função de deslocar a água para trás .

    O nado borboleta, também nesta faixa etária de três a seis anos não se trabalha em seu modo completo, por que a execução do mesmo é muito complexa para esta idade, contudo o professor consegue trabalhar a pernada, que a criança conhece mais como a perna da seria ou perna do golfinho e algumas ainda conhecem como a perna da minhoquinha. Porém existem crianças que apresenta dificuldades de fazer a ondulação mesmo sendo realizada de forma lúdica. A braçada aqui não é trabalhada visto que são muito complicada a suas fases e acriança terá bastante dificuldade ao fazer o movimento.


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