natação atual do Fluminense está longe da era do ex-nadador tricolor Djan Madruga, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Moscou, em 1980, e primeiro brasileiro a bater o recorde olímpico nos 400 metros livres, em 1976. Hoje, o clube conta com Kaio Márcio como principal atleta, contratado da Paraíba em 2010. Mas, nas Laranjeiras, as categorias de base não revelam um nadador há 10 anos e o parque aquático é o mesmo desde 1961. Apesar disso, a diretoria aposta em reformas para ver atletas da casa disputando as Olimpíadas de 2016, no Brasil (assista ao vídeo ao lado).
Ricardo de Moura, coordenador de esportes aquáticos do Fluminense, diz que o problema principal se encontra no espaço físico do clube já que a área composta por três piscinas não pode ser expandida.
- A ideia é reestruturar aquilo que já temos. A colocação de blocos para que os atletas de maior performance possam utilizar. Vamos ganhar equipamentos para desenvolvimento de força na água. Os exames, investimentos, e uma equipe multidisciplinar. São as coisas de infraestrutura que a gente pode incorporar.
Kaio Márcio, nadador de destaque atualmente, afirma que não encontrou a estrutura ideal em sua nova casa ao deixar João Pessoa, na Paraíba, para treinar no Fluminense.
- O ideal seria piscina coberta né. Pelo menos para mim, que passo um pouco de frio aqui no Rio. As salas de musculação a gente está tentando melhorar também. São alguns detalhes que fazem a diferença e estão faltando um pouco.
Uma das dificuldades principais é treinar em piscina não olímpica (50 metros), segundo Luiz Raphael, técnico do Fluminense.
- Isso é uma coisa que conta muito, é muito importante para o atleta.
Apesar dos problemas estruturais, a presidência do clube diz que o investimento na melhoria das piscinas já começou. Segundo a diretoria, foram trocados 300 azulejos em 2011. Mas, no entanto, apenas dois blocos de partida são de nível internacional e os 400 atletas ainda convivem com equipamentos antiquados em um parque aquático de 1961.
Uma das motivações do clube para ir em busca de melhores condições para os atletas da natação são as Olimpíadas de 2016, no Brasil. O Fluminense espera ver um finalista olímpico saindo dos seus 1000 alunos que participam da tradicional escolinha.
- O Brasil, hoje, está em um caminho muito legal para as próximas Olimpíadas. O Brasil não é mais "bobo" no cenário internacional. O Brasil já é primeiro mundo – disse Luiz Raphael.
Se os futuros atletas ainda não possuem as condições ideais para treinar, podem contar, pelo menos, com a referência de Kaio Márcio nas piscinas.
- Eu fico nadando e eles (alunos) ficam olhando, e param, pedem para tirar foto. Acho que é legal, quando eu comecei a nadar eu não tive essa oportunidade. Deve ser muito bom ter um atleta de nível internacional nadando ao seu lado - disse o atleta.Manual para Professor de Natação
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