Técnico de Cielo diz que australiano de 21 anos é 'o cara a ser batido nos 100m livre'






O tempo de 47s10 nos 100m livre, alcançado na seletiva australiana dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 no mês passado, foi o suficiente para James Magnussen ganhar mais respeito e atrair atenções da natação mundial. A façanha só não foi tão surpresa para quem viu o jovem atleta arrancar o ouro nesta mesma prova no Mundial de Xangai, em 2011. Para o técnico de Cesar Cielo, Alberto Silva, o nadador de 21 anos é o homem a ser batido nos 100m. O foco dos treinamentos até julho será trabalhar para que o brasileiro "esteja dentro da prova até a última braçada".

- O australiano está com o primeiro tempo, que é bem abaixo do que todo mundo vinha fazendo, como o próprio Cesar. Então, é o cara a ser buscado. E o único cara que fez um tempo abaixo do Cesar sem os trajes nos 50m foi o Bousquet, que está fora. Ninguém que está na prova tem tempo menor que o dele. Então, ele é o cara a ser batido nos 50m, e o Magnussem, nos 100m. A gente está trabalhando para que ele esteja dentro da prova (dos 100m) até a última braçada. Se for o suficiente para ganhar, vamos comemorar muito.

james Magnussen no campeonato australiano de natação (Foto: Agência Getty Images)James Magnussen tem os melhores tempos do ano nos 50m e nos 100m livre (Foto: Agência Getty Images)

A melhor marca do brasileiro Cesar Cielo nos 100m livre nesta temporada é de 48s70, do Campeonato Sul-Americano, realizado no mês passado, em Belém. Pela fase de treinamento que o brasileiro se encontra agora, no entanto, o técnico acredita que ele não terá problemas em nadar abaixo da casa dos 48s já no Troféu Maria Lenk, na próxima semana. A ideia é que na competição brasileira o recordista mundial teste a estratégia que será usada em Londres para "segurar" Magnussen nos 50 metros finais.

- O Cesar tem mais recursos que o australiano. O australiano nunca vai ter a velocidade dele. Os fundamentos do Cesar são melhores, mas o australiano tem uma volta que todo mundo ficou assustado – explicou Albertinho.

Cielo nas eliminatórias do Campeonato Sul-americano de natação (Foto: agif)

O ótimo tempo do nadador de 21 anos na seletiva australiana, em março, não chegou a ser uma grande surpresa para o treinador. O cartão de visitas já havia sido entregue no Mundial de Xangai, no ano passado. Além do incrível desempenho na vitória do revezamento 4x100m livre, ainda levou o ouro na final dos 100m livre. Cesar Cielo terminou em quarto lugar.

- A surpresa foi em Xangai. Lá, ninguém estava esperando nada dele, e ele abriu o revezamento para 47s4. Todo mundo se perguntou de onde surgiu esse cara nadando desse jeito. E, depois, foi campeão mundial nos 100m. Acho que ali que foi a surpresa. Então, a gente já sabia que esse seria o adversário do Cesar. O que surpreendeu muito mais foi o fato do Bousquet e do Alain Bernard ficarem fora das provas. O normal, para nós, era que os caras estivessem.

Rivais constantes de Cielo nos útlimos anos, Fred Bousquet e Alain Bernard não foram bem na seletiva francesa. Bousquet não conseguiu se classificar para Londres, enquanto Bernard conseguiu vaga apenas no revezamento 4x100m livre.

Ainda que Magnussen também seja o dono da melhor marca do mundo este ano nos 50m livre (21s74), Albertinho deixa claro que Cielo, atual campeão olímpico e bicampeão mundial, ainda está em vantagem nesta prova para Londres.

- O australiano é o número 1 dos 100m livre e também está com o primeiro do mundo nos 50m. Mas a gente, que está acostumado com isso, sabe que o Cesar está com um pouco de folga nessa prova, mesmo não tendo o melhor tempo do mundo - explicou.



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