César Cielo, Nicholas Santos, Tales Cerdeira, Leonardo de Deus e Joanna Maranhão. Até ano passado, alguns dos principais nomes da natação brasileira defendiam o Flamengo e conduziram o clube ao título do Troféu Maria Lenk, dando fim a um jejum de dez anos na principal competição da modalidade no País. A diretoria rubro-negra eleita em dezembro, porém, decidiu não renovar os contratos dos nadadores da equipe adulta. Na visão de Nicholas, atualmente no Unisanta, de Santos, o desmanche foi um "passo atrás".
Para o nadador de 33 anos – que conquistou a última medalha da natação flamenguista com o ouro nos 50m borboleta no Mundial de piscina curta de Istambul (Turquia) – o potencial da equipe e a proximidade dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, poderiam ser um incentivo à afirmação do clube como potência. O atleta, porém, reconhece que a relação entre clubes de futebol e outros esportes não é simples.
- Pelo que a diretoria conversou com os atletas, principalmente comigo e o César, é que eles tinham de arrumar a casa, pois estavam com dívidas atrás de dívidas e não aceitavam empurrar nada com a barriga. Então, decidiram só manter a base. A ideia do Flamengo é voltar no ano que vem com um time forte. Era a conversa que tinham. Mas, independente disso, acho que não dá para pensar assim. Terminar uma equipe como era e falar que ano que vem monta outra, acho que perde um pouco de credibilidade – analisa.
- Acho que foi um passo atrás deixar de investir na natação com grandes acontecimentos no Brasil. Era o momento ideal para alavancar resultados e se firmar como potência. Realmente, tinha tudo para uma longevidade tremenda, mas creio que realmente é difícil a relação clube de futebol e esporte olímpico – emenda.
Nicholas Santos chegou ao Unisanta em março. Logo no retorno à equipe que defendeu em 2003, obteve o ouro no Troféu Maria Lenk competindo nos 50m borboleta, superando César Cielo e obtendo índice para o Mundial de Barcelona. A disputa será apenas em julho, mas o brasileiro já está de olho nos principais rivais em terras catalãs.
- O César é um adversário em potencial. Há também dois franceses, o (Florent) Manaudou, que é o atual campeão olímpico, e o Fred Bousquet (dono do melhor tempo do mundo nos 50m borboleta em 2013). Tem também o (sul-africano) Roland Schoeman. Basicamente, são esses (os principais concorrentes) – conclui.
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