Felipe França comemora participação e evolução em marca





Felipe França disputou sua segunda Olimpíada, mas não avançou às finais. Foto: Bruno Santos/Terra

O nadador Felipe França ficou fora das finais das duas provas que disputou na Olimpíada de 2012, em Londres. Eliminado nas semifinais dos 100 m peito e no revezamento 4x100 m livre, o brasileiro vai embora da Inglaterra com uma avaliação positiva: embora as chances de medalha tenham passado longe, o desempenho pessoal no ciclo desde a Olimpíada de 2008 é considero bom para ele.

Sem analisar especificamente a passagem por Londres, França tentou mostrar otimismo em suas atuações. "Eu avalio uma temporada de três anos desde Pequim, uma excelente participação em todos Mundiais (2009, 2010, 2011), Pan-Americanos e também na Olimpíada. Melhorei minha marca estabelecida em Pequim, em que eu nem tinha ido para as semifinais. Nessa Olimpíada em Londres, eu fui para a semifinal", comentou.

Na Olimpíada de 2008, Felipe França marcou 1min01s04 na primeira fase eliminatória e não avançou às semifinais. Em Londres, nadou a primeira fase de baterias em 1min00s38, melhorando a marca nas semifinais para 1min00s08. Acabou fora da final, mas foi consolado pela mãe, Ana Cristina Rodrigues da Silva, de quem ganhou um abraço silencioso.

"Encontrei ela assim que eu terminei a prova da semifinal", disse França. "Cheguei para ela, comecei a desabafar, chorar mesmo. É uma recompensa que a gente tem, de três anos após a Olimpíada de Pequim, em que várias coisas são duramente sacrificadas para a gente ter um bom resultado", completou, festejando a presença da mãe e da noiva na Inglaterra.

Mesmo comemorando a participação em três Mundiais desde 2008, além do Pan de 2011 e da Olimpíada de 2012, Felipe França volta para o Brasil com uma frustração: não conseguiu repetir seu melhor desempenho nos 100 m peito, conquistado no Troféu Maria Lenk de abril. Na ocasião, alcançou o índice olímpico ao nadar em 59s63.

"Não consegui fazer meu melhor tempo. Se eu fizesse meu melhor tempo, que eu fiz no Maria Lenk no final de abril, teria ficado com o quarto tempo (na bateria das semifinais)", disse. Na piscina do brasileiro por uma vaga na final, apenas três tempos foram melhores: Cameron van der Burgh (África do Sul, 58s83), Fabio Scozzoli (Itália, 59s44), Brenton Rickard (Austrália, 59s50).

"Isso não é tudo. A gente tem mais competições pela frente, a gente tem mais estruturas a serem analisadas - fisicamente, tecnicamente e psicologicamente - para que sempre tenhamos um bom resultado em todas as competições. Não só na Olimpíada. A Olimpíada é um alicerce muito forte, que o mundo para pra assistir, mas não é a maior importância. A maior importância é ver o atleta se satisfazer dentro do resultado, fazer seu melhor e com tudo isso sair satisfeito com toda a realização de uma vida", completou.

Apesar de relativizar a importância da Olimpíada, Felipe França cedeu e admitiu que não ficou satisfeito com sua passagem por Londres, mas se apegou à fé para buscar melhores resultados. "Ainda não estou satisfeito, estou agradecido. Deus permitiu que fosse assim, para que eu possa ter algo melhor ali na frente. A satisfação vai ser quando Deus permitir", finalizou.



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