Após enfrentar um julgamento por doping, ser liberado às vésperas do Mundial de Esportes Aquáticos em Xangai e se superar conquistando duas medalhas de ouro na competição, o nadador Cesar Cielo desembarcou no Brasil aparentemente exausto e não quis falar com a imprensa.
Vestindo uma camisa do Flamengo, clube que o patrocina, boné e óculos escuro, o paulista sorriu para fãs no Aeroporto de Guarulhos-SP, mas, cercado por três seguranças, seguiu direto para um carro que o aguardava. Durante o caminho, o nadador repetiu várias vezes que não iria falar com a imprensa.
O atleta, que estava acompanhado dos pais, da irmã e do treinador, disse que deve falar com a imprensa em breve, após ser questionado se daria uma entrevista ainda nesta semana. "Provavelmente", disse o nadador.
A família de Cielo, que também não quis conversar com jornalistas, o esperou no aeroporto até que seu voo aterrissasse, com atraso de quase uma hora.
O nadador trouxe duas medalhas da China: os ouros nos 50m borboleta e nos 50m livre (prova na qual foi bicampeão do Mundial e é o atual campeão olímpico). Apesar do bom desempenho, o brasileiro também passou por momentos difíceis no torneio, como o quarto lugar nos 100m livres, prova na qual era atual campeão do mundo e favorito, e o protesto de rivais descontentes com a ausência de punição pelo caso de doping.
Cielo desembarcou ao lado de seu treinador, Albertinho, que educado, disse que não podia dar declarações e contou que estava apenas pegando uma carona. Os outros atletas da delegação brasileira desembarcaram na terça-feira. Por conta de um problema com o passaporte, Cesar Cielo só pôde voltar ao Brasil nesta quarta.
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