Joanna Maranhão, ao que parece, vem dando provas que a mudança na forma de conduzir a carreira segue firme. Mais centrada e focada – desde que assegurou o índice para os Jogos Olímpicos de Londres – ela dedica boa parte do tempo aos treinamentos, além de manter-se sempre sob os cuidados da equipe multidisciplinar que lhe acompanha. Só que ter à disposição essa equipe de profissionais, que envolve treinadora, preparador físico e nutricionista – custa caro. E Joanna, de 24 anos, dispõe hoje de dois apoios financeiros: Flamengo, seu atual clube, e Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Os muitos patrocinadores privados que um dia já teve se foram todos.
Ela tem sido mais discreta em suas colocações e evitado confrontos com a alta cúpula da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Deixou no passado as desavenças que teve com o presidente da entidade máxima da natação, Coaracy Nunes. Também tem colocado nas mãos da família a incumbência de conseguir patrocínio. E a mãe, a médica Teresinha Maranhão, tem feito de tudo para que a filha siga buscando seus sonhos na piscina. Ela esperava que a CBDA pudesse fazer mais por Joanna, quinta colocada nos Jogos Olímpicos de Atenas.
Os últimos custos da nadadora, que viajou para os Estados Unidos com técnica e preparador físico, em janeiro, foram cobertos pela mãe. A família da atleta do Flamengo se divide na missão de fechar com algum patrocinador. Enquanto ela cai na água, mãe, irmão (Júnior) e padrasto (Filipe Lacerda) se revezam na missão de enviar e-mail e dar telefonemas para empresas e órgãos, que possam ter interesse em patrociná-la. "Enviamos e-mails até para as empresas de Ronaldo Fenômeno, a Nine, e a da Eike Batista. Todo o esforço vem sendo feito para que ela continue concentrada só nas competições", explicou Filipe.
Desempenho
E a quem interessar possa, os últimos resultados da nadadora descartam que ela seja um investimento de risco. Muito pelo contrário. Após a temporada de mais de um mês treinando nos Estados Unidos, ela obteve logo de cara bons tempos no Grand Prix de Columbia, no estado norte-americano de Missouri, no início do mês passado. Das dez medalhas conquistas pela delegação brasileira, três foram dela – um ouro, uma prata e um bronze. "Muito feliz com os resultados e saudade de casa. Também estou com muita sede para continuar buscando", comentou a atleta, após a conquista em solo norte-americano.
Na última semana, ela seguiu colecionando pódios no Campeonato Sul-Americano Absoluto, que aconteceu em Belém, no Pará. Joanna nadou novamente abaixo do índice olímpico (4min41s75) nos 400m medley (4min41s39).
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