Felipe França busca atingir o auge da forma física






Para chegar aos Jogos Olímpicos de 2012 no auge da boa forma e conquistar a medalha de ouro, o nadador Felipe França, que foi campeão do Mundial de Xangai pesando 107 quilos, precisava perder peso. Com o intuito de ajudar Felipe, foi formada uma equipe com profissionais de diversas áreas e algumas metas foram estabelecidas.

- A gente trabalha em blocos que o técnico faz com o preparador físico, eles divulgam para o meu nutricionista e para o meu médico. Eles trabalham em cima disso - conta.

O projeto para as Olimpíadas de Londres começou no início de 2011. Desde então, o nadador treina em ritmo intenso e faz um regime alimentar que atende às suas necessidades de atleta.

- Eu comecei a trabalhar minha alimentação desde o início de 2011, a ter uma dieta restrita para perder gordura. Eu estava com 17% de gordura. Não dá para diminuir de 17% para 10% em um mês. Foi um trabalho de um ano que agora a gente está conseguindo ver o resultado - revela Felipe.

- Ele realmente perdeu peso, a gente vai chegar na Olimpíada muito melhor. O Felipe está numa crescente - se entusiama o nutricionista Alan Nagaoka.

- Ele está bem próximo do ideal. Se você olhar as fotos dele de 2010, quando ele foi campeão mundial, faz muita diferença - observa o treinador Arilson Silva.
 
Faltando apenas dois meses para o início dos Jogos Olímpicos, Felipe França está próximo da forma física ideal, mas ainda precisa emagrecer. No entanto, ele também não pode emagrecer demais para não perder a força física, sua principal caraterística.

- É muito complicado perder sete quilos de gordura sem perder massa muscular. Eu consegui perder oito quilos e ganhar massa muscular. Se eu for para os 87 quilos, eu perderei força. E hoje eu estou próximo do meu melhor. Por isso que eu tomo cuidado para seguir na linha e não perder em excesso o peso para manter a força - explica Felipe.

- Eu poderia fazer uma dieta para que ele pesasse menos de 95 quilos, só que isso poderia afetar diretamente o ponto que ele tem de mais positivo em relação aos outros, que é a força - diz Alan Nagaoka.

Os especialistas que acompanham o atleta montaram um programa de nove etapas e estabeleceram objetivos a serem alcançados em cada uma delas. Ao fim de cada fase do projeto, uma série de exames é realizada para monitorar os avanços.

- São três semanas em cada bloco, no primeiro dia ele pega o meu percentual de gordura e no final do bloco ele pega de novo, para ver quanto ajudou - conta Felipe.

- Se a gente sente que ele perde velocidade, explosão, resistência, que já chega desanimado, é sinal de estresse. Por isso que o monitoramento é fundamental, isso direciona todo o trabalho que você precisa fazer em todas as áreas - esclarece Arilson.

A cada temporada Felipe França fica mais próximo do recorde mundial, tanto nos 50m quanto nos 100m rasos. Um dos favoritos à medalha de ouro nas Olimpíadas deste ano, ele tem a chance de fazer história com seu físico que vai contra ao estereótipo estabelecido pela ciência.

- Eu acredito muito porque ele atingiu a meta que a gente estipulou no primeiro momento. Se ele não atingisse, ia ficar complicado, mas ele atingiu - revela o preparador físico Gustavo Drago.

- Foi um aprendizado para a gente, e eu vejo que a gente vai chegar em Londres no auge da forma física, psicológica e técnica, sabendo exatamente o que ele tem que fazer - diz Arilson.

- Eu acredito que nós temos que entregar tudo nas mãos de Deus. Creio que Ele tem o propósito de eu ser vencedor na Olimpíada. Eu creio no objetivo e na estratégia que eu construo e sigo, e entrego nas mãos d'Ele - ensina Felipe.

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