Quando deu uma respirada e se viu na mesma linha de James Magnussen nos últimos metros dos 100m livre, Cesar Cielo teve a certeza que precisava. Nem quis forçar mais nada. Atual campeão mundial, o australiano, ao contrário dele, acelerou e completou a prova em 47s63. Talvez para reafirmar tudo o que disse nos últimos meses, para mostrar que não tem medo do brasileiro. Cielo estava satisfeito com os 48s17 e, principalmente, por não ter sentido dores. Chegou em segundo em sua série, alcançou a sua melhor marca no ano e avançou à final com o quinto tempo, cheio de confiança.
- Dei uma segurada boa. Eu espero fazer uma prova ainda melhor e, com a adrenalina de uma final, nadar para baixer de 48s de novo. Gostei muito da sensação da volta, a sensibilidade foi tranquila. Primeiro eu tenho que tomar conta do meu e depois ver se dá para pensar em fazer pódio. Estou supertranquilo porque, para os 100m livre, não doeu, não. Passou longe das maiores dores que senti (risos). Tinha vezes que eu saía da piscina para falar com vocês e quase desmaiava, quase caía no chão - disse.
Pela manhã, o recordista mundial da prova admitiu que foi difícil nadar. De uma etapa para a outra, ganhou cinco posições, baixou 50 centésimos e mostrou aos adversários que está rápido e na briga por uma medalha. Se os rivais gostam dele ou não, Cielo parece não se importar. Diz que tem alguns amigos como os americanos Nathan Adrian e Cullen Jones, mas que competição é competição.
- Se gostam ou não de mim, eu não sei (risos). O que importa é que eu dosei melhor a energia e espero manter essa força. Amanhã é tirar a prova da vida.
Enquanto dava entrevista, a final dos 200m borboleta aparecia na TV que estava à sua frente. Cielo parou para ver o finalzinho. Michael Phelps e Chad Le Clos lutavam pelo ouro. Mas não deu para o bicampeão olímpico. Phelps perdeu na batida de mão e ganhou a segunda prata nos Jogos. Com ela, igualou o recorde de medalhas na história olímpica da ex-ginasta Larissa Latynina. Os dois têm 18 na coleção.
Sobre sua rotina em dia de competição decisiva, Cielo afirmou que faz de tudo para economizar energia. Inclusive, pensa duas vezes antes de escovar os dentes.
- Dia de prova final é dia de nada, nada. É só ficar com a perna para o alto e descansar. Na hora de escovar os dentes, eu penso até se vale a pena gastar essa energia. O negócio é poupar o máximo.
Confira os tempos dos finalistas:
1) James Magnussen (AUS): 47s63
2) Nathan Adrian (EUA): 47s97
3) Hanser Garcia (CUB): 48s04s
4) Sebastiaan Verschuren (HOL): 48s13
5) Cesar Cielo (BRA): 48s17
6) Brent Hayden (CAN): 48s21
7) Yannick Agnel (FRA): 48s23
8) Nikita Lobintsev (RUS): 48s38
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