Nadadoras do Brasil esperam renovação e cobram ambição a rivais






Joanna Maranhão espera melhorar o quinto lugar que a nadadora conseguiu nos Jogos de Atenas em 2004. Foto: Edson Lopes Jr./Terra

O Brasil estará representada por apenas quatro nadadoras na Olimpíada de Londres: Joanna Maranhão, Fabíola Molina, Daynara de Paula e Graciele Hermann. Diante de uma equipe masculina que terá 15 integrantes, as próprias brasileiras admitem que a representação feminina na natação está abaixo do nível masculino. E a culpa, segundo as próprias atletas, é da falta de renovação.

Lembrando seu "histórico" quinto lugar na Olimpíada de 2004, Joanna Maranhão lamentou a interrupção da boa fase da natação feminina naquele momento. "Infelizmente, não conseguimos dar continuidade a isso. Não quer dizer que foi falta de treino, de empenho. A gente precisa de uma reciclagem. Na minha prova (400 m medley), dentro do Brasil, não tenho nenhuma adversária", lamentou a pernambucana.

A opinião é semelhante à de Fabíola Molina, que disputará sua terceira edição dos Jogos Olímpicos. Classificada para os 100 m costas, ela aponta um respeito excessivo por parte das atletas do Brasil diante das representantes olímpicas, e pede mais ambição para as rivais.

"Chegar em um terceiro lugar não é tão difícil", diz, lamentando a "falta de estímulo para mais meninas". "Quando eu era criança, tinha algumas competições que me motivavam. Você tinha competições que estimulavam as crianças", acrescentou.

A falta de ambição em competições nacionais também foi citada por Joanna Maranhão. Ainda adolescente, quanto era treinada por João Reynaldo Nikita, Joanna adotava uma postura agressiva e prometia atacar as principais favoritas das provas. Comparando com sua situação hoje, passados mais de dez anos, ela cobra as rivais mais jovens e diz: "eu queria até que elas me desrespeitassem mais".

"Quando eu comecei a nadar as provas de medley, quem era a recordista brasileira era a Flá (Flávia Delaroli). Eu disse: 'Nikita, vou entrar no meu primeiro (Troféu José) Finkel para ganhar", disse. "Tenho muitas meninas da minha prova que acham que ser vice-campeã brasileira de uma prova de medley é uma grande coisa. Não quero desmerecer, mas elas precisam querer mais", acrescentou.



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