Cielo projeta record no Pan





Cielo projeta quebra do recorde de medalhas do Brasil em 2007. Foto: Sátiro Sodré/CBDA/Divulgação

Cielo projeta quebra do recorde de medalhas do Brasil em 2007
Foto: Sátiro Sodré/CBDA/Divulgação

A Seleção Brasileira de natação se reuniu nesta segunda-feira para um treinamento em conjunto, seguido de bateria de exames e entrevista no Rio de Janeiro. Dois dos destaques do grupo, Cesar Cielo e Thiago Pereira, falaram sobre a expectativa em superar no Pan-Americano de Guadalajara o recorde de medalhas da edição anterior, no Rio de Janeiro.

Exibindo confiança, Cielo, o grande nome da equipe, disse que voltou a nadar normalmente e se declarou mais magro e mais forte do que no Mundial de Xangai (disputado em julho, onde conquistou dois ouros). Já Pereira, que brilhou no Rio em 2007 - quando o Brasil obteve 25 de medalhas (dez de ouro, seis de prata e nove de bronze) - prometeu o maior número de pódios possível, apesar de temer efeitos da altitude que marcarão os Jogos.

"Desta vez não terei que enfrentar semifinais, mas em compensação serão 1500m de altitude. Estou treinando muito bem, mas não sei como será nadar essa quantidade de provas em lugar tão alto. Só vou saber quando chegar lá mesmo. Vai ser um obstáculo para mim, mas pra todo mundo também. Então é chegar lá e fazer o melhor. Vamos com o objetivo de trazer o maior número de pódios possível", comentou Thiago Pereira, o nadador brasileiro que mais vezes cairá na piscina no Pan, disputando sete provas (200 m costas, 200 m e 400 m medley, 200 m peito, 100 m costas, 4x200 m livre e 4x100 m medley).

Se Pereira - com seis ouros, duas pratas e dois bronzes - era a grande estrela da natação nacional durante o Pan do Rio, em 2007, após um ciclo de quatro anos esse posto é hoje ocupado por Cielo, que soma medalhas de destaque no Pan de 2007 (quatro ouros e uma prata), na Olimpíada de Pequim em 2008 (um ouro e um bronze), no Mundial de Roma em 2009 (dois ouros), no Mundial de Piscina Curta de Dubai em 2010 (dois ouros e dois bronzes), no Pan-Pacífico de Irvine em 2010 (um ouro, uma prata e um bronze) e no Mundial de Xangai 2011 (dois ouros).

O nadador paulista, que enfrentou problemas recentes com doping, comentou sobre a responsabilidade. "A expectativa é de bater o número de medalhas do Pan de 2007, e o time vem forte e defendendo títulos tanto no feminino quanto no masculino", destacou.

"Agora é a hora de botar tudo em prática, apesar do Pan não ter sido o foco principal do ano. Estou em melhores condições físicas do que estava no Mundial de Xangai, onde tinha perdido seis quilos. Lá eu estava mais fraco, mas nadei bem, só que agora voltei a nadar o meu normal. Hoje sou um nadador bem melhor do que era em 2007, fui evoluindo muito com o passar dos anos e sei que hoje sou mais completo e preparado", declarou Cielo.

Líder do grupo, Cielo valorizou a presença de jovens na delegação para o Pan. "Desde quando acabou o Mundial de Xangai a 'luzinha' da Olimpíada já está acesa. Não precisa terminar o ano para começar a pensar nisto. Falta menos de um ano, e pra gente o ano olímpico já começou. Eu e o Albertinho (técnico) queremos muito o bi olímpico e o objetivo é tirar o melhor tempo da minha vida. Já o time do Pan está cheio de caras novas e esse primeiro contato com o grupo foi importante, vai ajudar em Guadalajara", disse.



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