Minas conquista título do Finkel em casa e quebra jejum de 13 anos





Uma caiu na água 12 vezes para somar o maior número de pontos que pudesse. A outra, mesmo com o pé esquerdo machucado, passou por cima da insegurança que sentia para também dar sua contribuição. Fabiola Molina e Daynara de Paula ilustram bem o espírito do Minas, que neste domingo conquistou o título do Troféu José Finkel dentro de casa, quebrando um jejum de 13 anos. O clube já havia erguido a taça do Maria Lenk nesta temporada. Após sete dias de disputas, o Pinheiros ficou com o vice-campeonato (1.799 pontos), seguido do Flamengo (1.478).

Fabiola colocou no bolso cinco medalhas de ouro e foi a atleta mais eficiente ao somar 141 dos 2.493 pontos. Os 28s34 obtidos nos 50m costas lhe renderam também o melhor índice técnico entre as mulheres. No masculino o prêmio ficou com João Gomes Junior, do Pinheiros, pelo resultado nos 50m peito. A experiente nadadora de 36 anos deixou Belo Horizonte em direção a Brasília, cidade onde mora e treina. Ela e o marido, Diogo Yabe, pretendem fazer as malas antes do Pan de Guadalajara, mas ainda não sabem para qual cidade irão se mudar.

- Estou precisando mudar e empolgada com isso. Poderíamos vir treinar aqui, mas a equipe é muito grande e o técnico (Marcelo Vaccari) está sozinho. É legal fazer parte de um time assim. Fiquei meio cansada mentalmente, a concentração já não vinha mais com tanta facilidade no fim, mas foi bom. Achei que poderia ter feito um tempo melhor nos 100m costas (prova em que busca o índice olímpico), mas o saldo foi positivo depois dessa maratona - sorriu.

Fabiola é considerada um exemplo por Daynara de Paula. Diante do sacrifício dela, a jovem nadadora achou que deveria cair na piscina mesmo com o pé inchado. No sábado, na final dos 100m livre, a parte ajustável do bloco de partida se soltou, ela bateu o pé de apoio e caiu desequilibrada. Neste domingo, mesmo mancando, voltou para disputar a final dos 50m borboleta. Como Inge Dekker é estrangeira, ela também ficou com o ouro: 26s56 contra 27s01.

- No aquecimento não consegui fazer muitas saídas. Não estava segura por causa do pé. Nadei mais no psicológico mesmo porque este tempo eu costumo fazer em treino. Mas o Rodrigo Castro fez uma cirurgia e estava aqui. A Fabiola também nadou um monte de vezes e é outro exemplo. Eu tinha que nadar – afirmou Daynara, única mulher na lista dos dez nadadores com índice.

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